Foi lendo Hino à liberdade Em vespeiro.com
https://vespeiro.com/2025/09/05/hino-a-liberdade
que me interessei pelo Concerto da Paz.
5 de
setembro de 2025
Nessa
postagem aparece Nana Mouskouri cantando Je chante avec toi liberté, durante o
Concerto da Paz 2025 e o texto de Fernão Lara Mesquita:
“A
ópera Nabucco, de Giuseppe Verdi, foi composta em 1842 durante a ocupação do
Norte da Itália pela Áustria, um dos muitos momentos da eterna luta da
humanidade pela liberdade. Ela conta a história de outra etapa dessa mesma luta
25 séculos antes, no 6º antes de Cristo, quando Nabucodonosor, rei da
Babilônia, ataca Jerusalem e escraviza o povo judeu.”
“O
Coro dos Escravos Hebreus, no terceiro ato (Va, pensiero, sull’ali dorate,
“Vai, pensamento, sobre asas douradas”) é a versão original do Hino à Liberdade
que se canta aqui, donde se vê que a cultura de luta pela liberdade de que Lula
quer excluir o Brasil em favor das tradições de opressão asiáticas, hoje
encarnadas nos vladimir putins e xi jinpings em cujos colos ele soberanamente
se senta com as calças abaixadas, tem raízes muito, muito profundas, que não
vai ser fácil arrancar.”
e o seguinte
comentário:
dercioconceicao
6 de
setembro de 2025 às 10:23
“Aqueles
que entregam sua liberdade em troca de um pouco de segurança, não merecem nem
liberdade nem segurança”.
Benjamin
Franklin, 1.706 – 1.790, polímata (pessoa de muitos saberes), um dos Pais
Fundadores dos Estados Unidos.
O Concerto da Paz 2025 foi uma transmissão noturna
especial da TV France 2, apresentada por Stéphane Bern, em 8 de maio de 2025,
na Champs-Élysées, em Paris, para celebrar o 80º aniversário do fim da Segunda
Guerra Mundial.
Objetivo: Celebrar a memória, relembrar os sacrifícios
feitos pela paz e construir um futuro de fraternidade.
Contexto: O evento fez parte das comemorações do 80º
aniversário da vitória sobre o nazismo e do armistício que encerrou a Segunda
Guerra Mundial na Europa. Teve como objetivo unir gerações em torno de uma
história comum e relembrar os valores de paz e liberdade.
Dentre as apresentações estava Nana Mouskouri, que aos 90
anos cantou Je chante
avec toi liberté.
Je chante
avec toi liberté é uma canção de 1981 escrita por Pierre
Delanoë e Claude Lemesle e a melodia é baseada no Coro dos Escravos
Hebreus (Va Pensiero ...) de uma ária da ópera Nabucco de Giuseppe Verdi.
Em 1982,
Nana Mouskouri cantou a música Je chante avec toi Liberté aos
pés do Muro de Berlim, a convite do comandante das tropas francesas em Berlim
Nana
Mouskouri é uma das cantoras com maior número de vendas em toda a história da
música, com mais de 350 milhões de cópias vendidas.
Quand tu chantes, je chante avec toi liberté
Quand tu pleures, je pleure aussi ta peine
Quand tu trembles, je prie pour toi liberté
Souviens-toi des jours de ta misère
Mon pays, tes bateaux étaient des galères
Quand tu chantes, je chante avec toi liberté
Et quand tu es absente j'espère
Qui es-tu: Religion ou bien réalité
Une idée de révolutionnaire
Moi je crois que tu es la seule vérité
La noblesse de notre humanité
Je
comprends qu'on meure pour te défendre
Que l'on passe sa vie à t'attendre
Quand tu chantes, je chante avec toi liberté
Dans la joie ou les larmes je t'aime
Le chemin de l'histoire nous conduira vers toi
Liberté, liberté
Quando
tu choras, eu também choro por tua dor
Quando
tu tremes, eu rezo por ti, liberdade
Lembra-te
dos dias de tua miséria
Minha
pátria, teus navios eram galés
Quando
tu cantas, eu canto contigo, liberdade
Quem
és tu: religião ou realidade
Uma
ideia de revolucionário
Eu
acredito que tu és a única verdade
A
nobreza da nossa humanidade
Eu
entendo que se morre para te defender
Que
se passa a vida a te esperar
Na
alegria ou em lágrimas, eu te amo
O
caminho da história nos conduzira a ti
Liberdade,
liberdade
Liberdade
coletiva e esperança em "Je Chante Avec Toi Liberté"
“A escolha
da melodia de "Va, pensiero" para "Je Chante Avec Toi
Liberté" traz um peso histórico importante. Assim como o coro dos escravos
hebreus de Verdi simbolizava o desejo de liberdade diante da opressão, Nana
Mouskouri utiliza essa referência para reforçar que o tema da liberdade é
universal e urgente. O refrão “Quand tu chantes, je chante avec toi liberté”
(Quando você canta, eu canto com você, liberdade) mostra uma identificação
profunda com a liberdade, celebrando-a de forma coletiva. Isso fica ainda mais
claro em versos como “Quand tu pleures, je pleure aussi ta peine” (Quando você
chora, eu também choro sua dor) e “Dans la joie ou les larmes je t’aime” (Na
alegria ou nas lágrimas, eu te amo), que ressaltam que a liberdade é sentida
tanto nos momentos felizes quanto nos difíceis.”
“A letra
também questiona a própria natureza da liberdade, perguntando: “Qui es-tu:
Religion ou bien réalité / Une idée de révolutionnaire” (Quem é você: religião
ou realidade / Uma ideia de revolucionário). Essa reflexão se conecta ao
contexto histórico da música, que foi usada em manifestações e eventos
políticos marcantes, como a apresentação de Mouskouri no Muro de Berlim e em
sua volta à Grécia, ambos países com histórias de luta por liberdade. Ao
afirmar “Moi je crois que tu es la seule vérité / La noblesse de notre
humanité” (Eu acredito que você é a única verdade / A nobreza da nossa humanidade),
a canção coloca a liberdade como valor essencial à dignidade humana. O tom de
esperança permanece até o fim, ao dizer “Les chansons de l’espoir ont ton nom
et ta voix / Le chemin de l’histoire nous conduira vers toi” (As canções de
esperança têm seu nome e sua voz / O caminho da história nos levará até você),
sugerindo que a busca pela liberdade é contínua e coletiva, sempre servindo de
inspiração para a humanidade.”
Nabucco: Song for Liberty
Va, pensiero, sull'ali dorate;
va, ti posa sui clivi, sui colli
ove olezzano tepide e molli
l'aure dolci del suolo natal!
Del Giordano le rive saluta,
di Sionne le torri atterrate.
Oh, mia patria sì bella e perduta!
Oh, membranza sì cara e fatal!
Arpa d'or dei fatidici vati,
perché muta dal salice pendi?
Le memorie nel petto raccendi,
ci favella del tempo che fu!
O simile di Solima ai fati
traggi un suono di crudo lamento,
o t'ispiri il Signore un concento
che ne infonda al patire virtù!
Nabucco: Canção pela Liberdade
Vai, pensamento, nas asas
douradas;
vai, pousa nos morros, nas colinas
onde exalam quentes e suaves
os ares doces da terra natal!
Saúda as margens do Jordão,
e as torres de Sião derrubadas.
Oh, minha pátria tão bela e perdida!
Oh, lembrança tão cara e fatal!
Harpa de ouro dos vates proféticos,
por que pendes tão silenciosa do salgueiro?
Reacende as memórias em nossos peitos,
fala-nos do tempo que passou!
Ó semelhante ao destino de Jerusalém,
toca-nos um lamento profundo,
ou que o Senhor te inspire um canto
que nos infunda virtude para suportar o sofrimento!
Va
Pensiero - Legendado em português com maravilhosa apresentação em Metropolitan
Opera em 2002
A
Melodia da Saudade e da Esperança em 'Nabucco: Song for Liberty'
“A canção
'Nabucco: Song for Liberty', interpretada por Nana Mouskouri, é uma adaptação
lírica da famosa ópera 'Nabucco' de Giuseppe Verdi, especificamente do coro
'Va, pensiero', também conhecido como o Coro dos Escravos Hebreus. A letra é um
hino de saudade e esperança, refletindo os sentimentos dos hebreus exilados na
Babilônia, ansiando por sua terra natal, Jerusalém. A música evoca uma profunda
nostalgia pela pátria perdida e uma súplica por conforto e força em tempos de
sofrimento.”
“A
referência ao 'arpa d'or', ou harpa de ouro, simboliza a música e a poesia como
meios de preservar a memória e a identidade cultural de um povo. A harpa, que
permanece silenciosa, é um chamado para reacender as lembranças e a história de
um tempo passado, sugerindo que a arte pode ser um veículo para a resistência e
a resiliência. A menção ao 'Signore', ou Senhor, indica uma busca por
inspiração divina para enfrentar as adversidades com virtude e coragem.”
“A
interpretação de Nana Mouskouri, uma artista de origem grega conhecida por sua
voz emotiva e poderosa, adiciona uma camada de universalidade à música.
'Nabucco: Song for Liberty' transcende o contexto histórico específico da ópera
e se torna um hino atemporal de liberdade e resistência contra a opressão,
ressoando com aqueles que enfrentam lutas semelhantes em qualquer época ou
lugar.”
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